“Durante a noite toda, fui submetido aos mais cruéis maus tratos, como pancadas e choques elétrico, além das abomináveis torturas psicológicas”. Valdir Camarcio, no livro “A ditadura militar em Goiás: Depoimento para a História”, coordenado por Pinheiro Salles.
Desde o dia 4 de março de 2016, o horizonte político está sombrio. Olhando para todos os lados, é como um grave ataque, estilo uma paulada na cabeça que estivesse para acontecer, e que irá será marcada com uma profunda cicatriz na consciência. A tentativa de provocar o povo brasileiro, através de um ato de justiçaria, ameaçando o ex-presidente Lula da Silva, foi uma “paulada” que quase acerta na cabeça da democracia.
Não contente com esse ataque falho, o Ministério Público de São Paulo, indevidamente insufla os segmentos da elite brasileira, por meios do Partido da Imprensa Golpista (PIG), para criminalizar todo legado dos governos populares dos últimos 13 anos no Brasil. Dificilmente teremos como explicar, em poucas palavras ou escritos, e a classe trabalhadora terá também dificuldades de compreender esse momento político do Brasil.
No terminal de ônibus as pessoas estão perplexas, na fila da lotérica o assunto é a conjuntura política, na fila do supermercado as opiniões divergem, mas sempre um assunto: a situação da política e a corrupção. Não podemos deixar que a avaliação rasteira e desinformada, tome de conta da consciência das pessoas. Os oprimidos não podem pensar como opressores, por isso a grande aposta da elite brasileira e dos malandros da política, são as fichas nos veículos de comunicação, formando verdadeiras frentes de combate a democracia e de criminalização dos movimentos sociais e organizações populares.
Um trio elétrico que reúne Bolssonaro, Malafaia e Feliciano, não pode ser um ambiente sério e com propósitos democráticos. Um cidadão e uma cidadã, de sã consciência, não pode acreditar numa coisa dessa. Os defensores de um regime ditatorial mexem com os alienados e criam uma onda dentre os desinformados. Nesse momento de consolidação da nossa jovem democracia, é importante que não aceitemos provocações, nem mesmo incentivos malucos, para que não haja confronto com gente sem preparo e sem consciência de classe.
A nossa luta agora também é pela democratização da Comunicação, para que não fiquemos com uma cicatriz profunda na nossa democracia!