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Goiás e Bahia na briga por terra no STF

Um olho grande na divisa de GO/BA

Na próxima quinta-feira, 13, em Brasília, uma  audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF),  com os representantes dos governos de Goiás e Bahia, tenta resolver a linha que define a divisa entre os dois estado, localizada no nordeste goiano. Como todos nós sabemos, a região sempre foi pobre e esquecida por muitos governos, e agora com a próspera fronteira agrícola na Bahia, os estados crescem os olhos para um problema da divisa do território. Essa briga já dura quase cem anos, mas agora, com o desenvolvimento dos municípios baianos, o governo goiano quer resolver a pendência.

Eu morei na região e compreendo minimamente os problemas causados pela falta do marco divisório; facilitando a  grilagem de terras, falta de segurança e acima de tudo a falta de investimentos dos dois governos dos estados. O oeste baiano era pobre e ficou rico o nordeste goiano era pobre e continua. Esse é o “x” da questão.

Sobrevoo no nordeste goiano

Em 1919, Goiás e Bahia assinaram acordo, elegendo o divisor de águas das bacias dos rios Tocantins e São Francisco como parâmetro, mas a questão não foi resolvida, e as partes pobres e improdutivas dos municípios de Sítio D`Abadia, por exemplo, ninguém reivindica e torna-se terra de ninguém; sem políticas públicas, estradas e desigualdades imensas. Nesse município, ainda tem o estado de Minas Gerais brigando por áreas goianas.

BR 020 e Voçorocas, marcam as divisas GO/BA

No sitio oficial da Prefeitura de Correntina-BA, um dos municípios envolvidos na briga,  Moacir Cunha Neto, critica a postura gananciosa do governo goiano e dispara: Goiás antecipa a vitória. A Bahia contesta e revida. Na divisão de forças, históricos oponentes amargam disputa que remonta a 1919. Praticamente secular, a dúvida encobre a certeza a animar os goianos, que esperam ganhar pelo menos 20 mil hectares de terras compreendidas em torno dos municípios de Correntina, Cocos e Jaborandi, hoje demarcados e registrados do lado baiano do conflito”. O baiano, também faz críticas que envolve o ex-governador Alcides Rodrigues, o então senador Marconi Perillo e o ex-presidente Lula. (veja texto completo)

O nordeste goiano ainda amarga a triste colocação de menor IDH (índice de desenvolvimento humano) do estado, e vários municípios ainda sofrem com falta de escolas e atendimento à saúde e sem estradas. Ainda há transporte por balsas e sem a mínima esperança da chegada de energia elétrica. Enquanto logo alí, do outro lado, a Bahia se desenvolve, mesmo de forma insustentável, mas anuncia um crescimento econômico, o que ainda mais faz crescer os olhos dos goianos.

 

Confira o texto de Moacir Cunha Neto, no sitio da Prefeitura de Correntina-BA.

http://www.correntina.ba.gov.br/admin/app_index.php?chave=bc23e69645fc1b8454b1ed354c5ecf7acadab4a2&acao=exibir_texto

 

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