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Saudades do parlamento grande

 
Vamos voltar a  planície
Cheguei em Goiás ainda na década de 80, no ano de 1986, ainda como estudante universitário, participei de um encontro em Goiânia. Voltei em 1989 para ficar definitivamente no estado.
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Lembro-me que a Câmara Municipal de Goiânia, ainda instalada no prédio do Parthenon Center, no centro da cidade; uma instalação precária e insalubre. Mas nessa casa passou gente da categoria de Niso Prego, Marina Santanna, Aldo Arantes, Pedro Wilson, Olívia Vieira, Paulo Souza Neto, Pedro Batista, Elias Rassi Neto, Professor José Luciano, que apesar das grandes divergências entre eles e também com o que penso, hoje vejo quanto pequena ficou a Câmara Municipal de Goiânia. Uma cidade nova, mas com a velha política e a cafonice eleitoral.
Citei alguns parlamentares das décadas de 80 e 90, apenas para lembrar  aos lutadores novos e antigos, que a Câmara já foi de luta. Mas não somente a câmara de Goiânia, se lembramos de outras cidades teremos na nossa memória vereadores e vereadoras de luta. E se compararmos com os dias de hoje, veremos a degradação da democracia representativa brasileira.
O Rio de Janeiro já votou no “Macaco Tião”, Marronzinho já foi candidato a presidente da República, juntamente com Ronaldo Caiado (representante da UDR na época). Artistas de TV, apresentadores de programas de rádio, marmoteiros e até Toinho do Sopão da Paraíba já foi deputado, Silvio Santos ventilou uma disputa e os delegados e pastores foram as urnas. Enfim, mostra quão frágil é o sistema de representatividade. Ninguém fiscaliza quem é eleito, joga no lixo gente de honra, exalta os ridículos e chora seus líderes desanimados.
Se olharmos na nossa comunidade, quanta gente de boas ideias e com dignidade para nos representar ficam sem motivação para a política. A mídia corporativa tenta criminalizar a política os movimentos sociais, sindicatos, partidos e organizações comunitárias, tentando criar um mundo sem partido, sem representatividade e sem luta.
Os partidos de esquerda deverão voltar a planície, aos grotões e as organizações comunitárias. Tenho orgulho de pertencer ao Partido dos Trabalhadores desde sua fundação e não tenho vergonha de defender a democracia participativa, pois acredito que o mundo será melhor, quando o menor que padece acreditar no menor….
 
 
“Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.”   Viva São Francisco de Assis

 
 

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