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Trabalhadores sem DIREITOS no Parque de Nova Vila

O CENÁRIO TRABALHISTA SE AGRAVA
 
 
Desde 1945, portanto há setenta e dois anos, que Goiânia realiza um evento agropecuário dentro da cidade – parque de Vila Nova – para fazer negócios, shows e desrespeito aos direitos de trabalhadores durante cerca de 15 dias.
Não precisa ser especialista para saber que um  evento como a Exposição Agropecuária de Goiânia, precisa de muita mão de obra explorada e sem formalidade. Os trabalhadores “invisíveis” desse evento trabalham em horário ininterrupto por quase 15 dias. Os cuidadores de animais, vaqueiros, peões e boiadeiros, são trabalhadores rurais que se deslocam do seu local de trabalho, muitas vezes fazendas de outros estados, e ficam à disposição dos patrões durante a exposição agropecuária em Goiânia.
 

TRABALHADOR SEM DESCANSO E DIZ RECEBER 60 REAIS POR 24 horas
TRABALHADOR SEM DESCANSO E DIZ RECEBER 60 REAIS POR 24 horas

Alguns trabalhadores que atuam nesse evento foram aliciados por uma figura conhecida no campo, que é o “gato”. Ele livra o fazendeiro de problemas e terceiriza a mão-de-obra explorada, ou análoga à  escravidão. Um trabalhador que fica num parque agropecuário, durante 15 dias, sem adicional noturno, dormindo nos estábulos, comendo fora de hora, sem descanso- barulho todas as noites dos shows- e com risco eminente de acidente de trabalho; esses homens e mulheres do campo, são verdadeiramente escravos.
 
SEM LOCAL PARA DORMIR, TRABALHADOR REVEZA BARRACA DE ACAMPAMENTO JUNTOS COM ANIMAIS
SEM LOCAL PARA DORMIR, TRABALHADOR REVEZA BARRACA DE ACAMPAMENTO JUNTOS COM ANIMAIS

Um dos maiores militantes no combate ao trabalho escravo do Brasil, Frei Xavier Plassat, afirmou recentemente que: “ O cenário atual é de gritante agravação da pressão dos setores que há anos procuram flexibilizar os direitos dos trabalhadores, eliminando tudo aquilo que consideram ser entrave à livre exploração e à maximização a rentabilidade de seus empreendimentos”. Nessa atual realidade de retirada de direitos trabalhistas, e com os trabalhadores que vivem nessa situação em pleno centro urbano – por obrigação do patrão – imaginemos como seria uma situação de “negociação direta” como querem os reformistas através das propostas que estão no Congresso Nacional.
Encontrei neste ano, como em todos desde 1945, trabalhadores rurais em situação análoga a escravo, sem local para dormir e sem intervalos. Nesse momento não identificamos os trabalhadores para não causar maior prejuízos, mas a providência cabe ao MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO e Ministério do Trabalho e Emprego, que precisam autuar os realizadores do evento sobre possíveis irregularidades trabalhistas no Parque Agropecuário de Nova Vila em Goiânia.
 
 

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