O nosso lamento maior é reclamar da corrupção dos políticos, principalmente os que estão distantes, na Capital Federal, mas esquecemos do nosso dever de casa, o de combater a corrupção da iniciativa privada com o poder público, e o personagem principal é o FISCAL.
Desde o império, a Coroa Portuguesa colocou gente com baixa qualificação e corrupta para estes postos, assim ficou manchada a figura do cobrador de impostos/fiscal. Hoje temos gente qualificada e de alta categoria na Receita Federal e nas Secretarias de Fazendas nos estados. Mas a falta de quadro e a contratação gente desqualificada, reduz o tempo de vida dos nossos filhos, como da tragédia de Santa Maria-RS.
Uma relação corrupta entre os empresários e os fiscais, resulta na morte, e morte trágica, sem chances de fuga. E nós, de outros estados que não o RS, sabemos que estamos a todos momentos convivendo com situações de prenúncio de tragédias ou coisas previsíveis que todos estão vendo, reclamando e o poder público inerte, surdo, incompetente; senão vejamos:
Postos de Combustíveis em Goiânia funcionando a menos de 200 metros de escolas e aglomerados urbanos – Escolas Olga Mansur (Vila Jaraguá) e Inhanhá do Couto (Campinas). Ainda no setor de combustão, temos uma denúncia contra uma empresa de geradores de energia que derrama combustível no Bosque do Café e abastece caminhões no meio da rua, sob suspeita de um “posto clandestino” em área residencial. Mas no ramo de bebidas e combustível, tem um Posto de um deputado goiano, que virou um “ambiente explosivo”, com muitos carros e gente no pátio do estabelecimento, com risco de incêndio e acidentes.
Em um texto publicado e censurado, escrevi que há um “conluio de crescimento” em Goiânia, onde o poder público se alia as safadezas do setor ganancioso da indústria do lazer e turismo, colocando em risco a vida de jovens. Quando falei em conluio, é para que o judiciário vá as ruas e veja, em parceria com o MP, como funciona a sociedade. As salas climatizadas, não apontam onde estão os “sputniks”os postos clandestinos, as obras irregulares com risco de desabamentos, ou os ambientes clandestinos que funcionam como armadilhas mortíferas.
Os nossos fiscais, ambientais, fazendários, contas públicas, de posturas e outros, precisam de boa qualificação e bons salários, para evitar e amenizar a ganância de alguns “negociantes” que corrompem e matam nossos jovens. Sem fiscalização há corrupção!
Nossa Santa Maria que reze por nossos fiscais e por nossos filhos, para que não caiam na tentação.
Sinto informar, mas o MP e o Judiciário são tão contaminados quanto qualquer outro órgão em nosso país.
Precisamos de uma reforma ampla e irrestrita na sociedade brasileira, pois é dela que florescem todas as mazelas que percebe no setor público e privado.
Nos países ditos desenvolvidos que conhecemos, na maciça maioria deles, esse processo de depuração se deu por meio de guerras civis ou contra adversários externos. Em alguns outros tivemos a Revolução pela Educação.
Aqui, em plenos 500 anos de vida, a síndrome de colônia continua muito viva e o pior, agora temos também como metrópole uma ex-colônia inglesa, a China.
Que caminho queremos seguir?
Pelos fatos nenhum dos dois. Continuaremos deitados eternamente…