Como migrante nordestino, tenho no meu coração a cidade que moro deste 1989, quando aqui cheguei. Goiânia acolhe e cresce com a mistura dos povos e nações.
O índice publicado recentemente em um jornal de São Paulo, com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, mostra que Goiânia é a 6ª capital mais desenvolvida do Brasil e a mais desenvolvida do centro-oeste.
Eu sou um migrante otimista, pois além de viver, amar e defender minha cidade de adoção, vejo Goiânia como uma cidade de excelente qualidade de vida. Digo isso sempre aos meus amigos e familiares do meu estado de origem; Parahyba.
Os dados da Firjan, publicados pelo jornal paulista, classificam a capital goiana com Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) de 0,8209, considerado alto, ficando à frente de Brasília (0,7624), Cuiabá (0,7984) e Campo Grande (0,8195). O índice varia de 0 a um ponto e acompanha o desenvolvimento socioeconômico dos mais de cinco mil municípios do país, avaliando as condições da educação, saúde, emprego e renda dos municípios. Esta versão mais recente do estudo considera dados oficiais de 2013.
Quando cheguei em Goiânia, nos tempos de luta pela moradia, liderada pela Federação Goiana de Inquilinos e posseiros – FEGIP – sabia que muito se precisava fazer para construir uma cidade com qualidade de vida.
Goiânia melhorou, melhorou muito, e tem qualidade, não apenas no que mensurou a Firjan, mas no que vemos e vivemos nas ruas e parques da cidade. Melhorou a vida do povo. Temos ainda muitos desafios, principalmente com o povo mais pobre; que hoje não vive em grandes áreas de risco ou ocupações urbanas, mas precisa também de oportunidades. Os programas federais de inclusão social, elevaram o patamar da vida de muita gente.
A minha referência de qualidade de vida, é a porta da minha casa. Moro no BOSQUE DO CAFÉ, uma área de conservação ambiental que foi recuperada e hoje abriga centenas de árvores frutíferas, área de lazer e playground, proporcionando um ambiente com microclima na região.
Como usuário do SUS – Sistema Único de Saúde – tenho na minha unidade de saúde (CAIS) “João Natal” um orgulho, pois é lá onde sou atendido nas enfermidades. Funciona bem? Sim! Dentro das possibilidades é uma unidade onde fui tratado quando tive dengue e recebi o diagnóstico em 60 minutos.
Goiânia pode ser a 6ª colocada nos índices da Firjan, mas no meu coração está em primeiro lugar. Nunca vou esquecer da acolhida, das lutas e das conquistas nos últimos 27 anos. A culinária, feiras livres, as festas dos nordestinos, o povo bonito, as organizações de luta, a vanguarda cultural, as folias, os parques e clubes, o comércio varejista de roupas e o povo hospitaleiro, sempre terão lugar de destaque na minha vida.
Goiânia, eu gosto de você assim, assim, sem tirar nem pôr!